A universidade pública ajudou a criar o IFood como conhecemos hoje, empresa responsável por uma das relações de trabalho mais precárias no Brasil contemporâneo.
Como isso é possível? Como fazer diferente?
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Como isso é possível? Como fazer diferente?
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A política neoliberal de C&T compreende que a universidade pública deve criar mercadorias a partir do conhecimento, isto é, privatizar o conhecimento público para gerar lucro a partir da exploração do trabalho alheio.
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Por isso, escancaram as portas das universidades para as grandes empresas e estimulam estudantes e professores a criar startups. As startups são tipo os jogadores de futebol. São alimentados pela propaganda do sucesso e do bilhão, mas só tem espaço para uma minoria.
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Em contrapartida, um grande número de estudantes dedica todos os seus esforços para produzir mercadorias capazes de acumular capital e explorar trabalho, com o apoio ideológico e técnico da universidade através das “incubadoras de empresas”.
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Nessas condições, cresceu e se desenvolveu a Movile, “empresa-filha” da Unicamp, que é proprietária do IFood e desenvolveu o aplicativo para o celular.
O que permite o IFood explorar e lucrar é a propriedade privada de um conhecimento produzido com apoio da universidade pública.+
O que permite o IFood explorar e lucrar é a propriedade privada de um conhecimento produzido com apoio da universidade pública.+
Essa é a universidade do capital. Repleta de contradições, pois também tem gente boa, que produz pesquisa e extensão vinculados às demandas da classe trabalhadora. Mas estes são uma minoria, contam com poucos recursos e em geral são perseguidos.
É possível fazer diferente?
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É possível fazer diferente?
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Os trabalhadores e a juventude podem construir uma Universidade Popular, que atenda aos interesses da maioria e não da burguesia. Nessas condições, é fácil pensar o desenvolvimento de aplicativos que melhorem e agilizem os sistemas de entrega sem explorar o entregador. +
Afinal, o objetivo não vai ser criar uma grande empresa bilionária, mas condições dignas para milhares de trabalhadores, os que produzem e os que entregam.