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Hoje vamos falar sobre a live do médico Albert Dickson
O vídeo é um compilado de medicamentos e desinformação, essa thread está longa mas o grande resumo é: Não existe medicamento precoce contra a Covid-19. Se quer se prevenir, use máscara (n95), lave as mãos e adote o distanciamento social.
A primeira pergunta é sobre o que ele acha sobre a associação médica brasileira ter recomendado o banimento dos medicamentos do kit covid. E ele não responde diretamente, mas fala sobre o fato do Presidente da Asociação médica brasileira ser um ginecologista e diz que 29% dos
ginecologistas usam medicamentos sem comprovação científica. ESSE DADO É FALSO. O estudo em questão é uma revisão que pegou estudos de junho de 1994 e dezembro de 2004, que analisou 438 medicamentos e os classificou do nível A ao nível E.
29% dos trabalhos desse estudo recomendavam medicamentos nível A, 33% nível B e 38% nível C. Isso significa que os medicamentos TÊM RECOMENDAÇÃO CIENTÍFICA, o que muda é que alguns têm evidênciaS mais fortes que os outros. Vale lembrar que NENHUM medicamento nível D ou nível E
foi recomendado. Ele também falou sobre o Ministro da Saúde, que é um cardiologista e citou um estudo de que apenas 11% das medicações cardiológicas de hipertensão teriam comprovação científica. Fomos no site da revista, mas não encontramos o estudo citado.
Após isso, ele fala sobre a autonomia do médico. Sobre isso, recomendamos a leitura do texto @TaschnerNatalia https://oglobo.globo.com/opiniao/o-holocausto-a-cloroquina-24532831.
O médico também fala sobre a eficácia da Vitamina D contra a covid-19. No entanto, não há evidência científica que a covid-19 seja eficaz contra a covid. https://twitter.com/petcienciasunb/status/1377679823343075330
Ele também fala, diversas vezes durante a live sobre a ivermectina, que já explicamos aqui que não é eficaz contra a covid-19 https://twitter.com/petcienciasunb/status/1376687841598652423
O médico, se confunde ao falar da origem da variante P1, ele disse que foram os japoneses que trouxeram ela pra cá, mas na verdade, a variante p1 é brasileiríssima. O que aconteceu foi que japoneses visitaram a amazônia e acabaram pegando a variante daqui e levando p/ o Japão.
Para saber mais sobre a origem, a revista exame têm essa matéria https://exame.com/ciencia/o-que-e-a-variante-brasileira-p1-e-por-que-ela-e-mais-contagiosa/. Além disso o @oatila fala sobre essa variante nas lives e têm também esse corte aqui:
Só então ele entra nos medicamentos, que são em em sua maioria contra o câncer. O primeiro medicamento que ele cita é o Flutamida, que é para o câncer de próstata e por isso só deve ser usado em pessoas que têm próstata. Ele têm uma série de efeitos colaterais que vão desde
redução da libido a visão turva, depressão e linfodema. E não têm evidência científica que ele cura covid-19. No link a seguir têm um post do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rio Grande do Sul com detalhes sobre o estudo https://cremers.org.br/e-falsa-informacao-de-que-flutamida-e-a-cura-para-covid-19/
O outro medicamento é o Dudasterida. Ele é usado para pacientes com próstata aumentada. Encontramos apenas dois estudos com ele, os dois sem revisão por pares. O que tinha uma amostra maior, analisou a Dudasterida com a ivermectina, hidroxicloroquina, azitromicina e nitazoxanida
analisou 305 homens e têm uma série de erros metodológicos, além disso não foi um ensaio duplo cego randomizado.
O médico ainda fala de uma medicação que seria só para mulheres, a espironolactona que aumenta a eliminação da água através da urina. Esse medicamento, assim como os outros, não possuem evidência científica contra o covid-19.
Ao final da live, ele fala que os novos pacientes com hepatite surgiu da nova cepa, mas isso é mais uma desinformação do vídeo. Já que a hepatite está associada ao excesso de medicamento, mais especificamente ao kit covid-19 https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/25/o-que-e-hepatite-medicamentosa-causada-pelo-uso-do-kit-covid.htm
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