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- Porque Mais-Valia não existe.
A teoria Marxista parte da ideia que trabalhadores são explorados por seus chefes, pois o valor de um produto em tese depende da quantidade de trabalho agregado ao mesmo. Logo, ao lucrar, o patrão rouba o empregado.
Só que não é bem assim.
A teoria Marxista parte da ideia que trabalhadores são explorados por seus chefes, pois o valor de um produto em tese depende da quantidade de trabalho agregado ao mesmo. Logo, ao lucrar, o patrão rouba o empregado.
Só que não é bem assim.
O valor de um produto/serviço é completamente subjetivo. O lixo de um homem é o tesouro de outro. Vamos a um exemplo clássico. Se você me oferece uma garrafa d’água por 27 reais na condição atual em que estou (na minha cama, tendo um filtro na cozinha), vou rir da sua cara.
E se você oferecer um diamante por 300 reais, provavelmente ficarei inclinado a comprar.Mas se eu estiver num deserto, há 36 horas sem beber nada, colocar na minha frente um diamante e uma garrafa d’água e mandar eu escolher Apenas um dos dois, vou escolher a água.
Na economia isso é chamado de utilidade marginal e utilidade total. Embora a água seja mais essencial para a minha vida (utilidade total), o preço que estarei disposto a pagar por ela depende do quanto AQUELA garrafa d’água é essencial pra mim no momento (utilidade marginal).
Ou seja, o valor da água para mim depende do quanto eu, literalmente, valorizo ela. Agora vamos aplicar isso a outras coisas. Eu estou disposto a pagar mais de 100 reais em uma versão traduzida de Man, Econony and State, do Rothbard. Meu irmão provavelmente não está disposto
A pagar mais que 20. Ou seja, o valor daquele livro para mim é um, e para o meu irmão, outro. O mesmo se aplica a serviços. Minha amiga paga 500 reais numa consulta com psiquiatra. Como meu primo não precisa urgentemente de uma consulta, sequer pagaria 300. É subjetivo.
O valor que um bem ou serviço tem varia de pessoa para pessoa e de situação para situação. Onde chegamos com isso? Se o valor dos bens e serviços são subjetivos, logo o valor do trabalho do “proletariado” também é subjetivo, assim como o trabalho do “burguês” de ter ideias,
organizar a empresa, determinar a quantidade produzida e etc. por isso, é errado dizer que o empresário rouba do seu empregado ao lucrar, uma vez que o valor do trabalho dos dois é subjetivo. Fim da thread.
