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GONÇALVES, Ana Maria. Um defeito de cor.
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http://silenciocinza.home.blog/2020/10/18/goncalves-ana-maria-um-defeito-de-cor-214/
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“Acho que não pensei muito quando achei que aquela era uma boa hora para falar com ele, ainda mais tendo você amarrado às costas.
Mas você estava tão quieto que me fez esquecer da sua presença ali, a presença que faria com que o Lourenço visse o que eu tinha conseguido, como se eu estivesse exibindo as roupas de sinhá e e o filho como prova de que a minha vida tinha sido muito melhor que a dele, muito…
…melhor sem ele, como prova de que eu tinha prosseguido os nossos planos sozinha.
Foi o que ele disse depois que me coloquei na sua frente fechando a passagem, fazendo com que ainda pedisse desculpas antes de se desviar e seguir adiante sem levantar os olhos do chão.
[...]
No final, disse que sentia muito, mas que concordava com o Lourenço, ou que talvez a…
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No final, disse que sentia muito, mas que concordava com o Lourenço, ou que talvez a…
…palavra nem fosse concordar, mas que se sentia solidária a ele, que tinha todos os motivos do mundo para fazer o que tinha feito e muito mais.
[...]
Disse ainda que o Lourenço devia mesmo ter muita amargura no coração, pois tudo o que aconteceu com ele foi por minha causa.” –…
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Disse ainda que o Lourenço devia mesmo ter muita amargura no coração, pois tudo o que aconteceu com ele foi por minha causa.” –…
…GONÇALVES, Ana http://Maria.Um defeito de cor. 5. ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2009. Ebook.
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