Muito interessante a entrevista sobre integralismo de @pedrodoria e @Chrisdunker para @PBiaL em #ConversaComBial. Como pesquisador do pensamento político de Plínio Salgado, tenho alguns comentários (+)
Os estudos sobre o integralismo têm recebido a atenção de historiadores que pretendem analisar o surgimento e a organização daquele que é considerado o primeiro movimento de massa do Brasil. E em muitos trabalhos há um sério debate sobre o número de militantes. (+)
A secretaria de propaganda da AIB falava em 1 milhão de integralistas e mostrava em gráficos o crescimento do movimento. Uma ação muito bem colocada para demonstrar a força da AIB e arregimentar novos camisas-verdes. Fonte: Anauê! (1936, p. 19). (+)
Em recentes pesquisas, descobrimos um documento de 1946, escrito pelo próprio Plínio Salgado com um número bem mais próximo da realidade. Ao pensar na fundação do Partido de Representação Popular (o integralismo do pós-guerra), afirmou ao genro, Loureiro Júnior em uma carta: (+)
“Você sabe que os integralistas nunca souberam exatamente quantos eram em todo o país. Viviam na ilusão das estatísticas da secretaria de propaganda. Não é vergonha nenhuma sermos duzentos mil". Correspondência de Plínio Salgado a Loureiro Júnior, 4 maio 1946 (APHRC/FPS). (+)
Em um mundo privado, Plínio comprova a existência de manipulações dos dados e, principalmente, a dificuldade na formação de um novo partido, uma vez que a força da AIB não era aquela expressa publicamente. Eram cerca de 200 mil integralistas com uma publicidade de 1 milhão. (+)
A necessidade de ampliar o conhecimento é o que levou @odiloncaldeira e eu a escrevermos “O fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo”. Com prefácio do @ocguedes, editado pela @EditoraFGV. (+) https://editora.fgv.br/produto/o-fascismo-em-camisas-verdes-do-integralismo-ao-neointegralismo-3544
Para quem não viu, fica a referência da entrevista do @pedrodoria e @Chrisdunker para o @PBiaL em #ConversaComBial: https://globoplay.globo.com/v/8875358/programa/?s=31m24s