Em 2015 eu fui pro Haiti e no primeiro dia que eu fui andar numa feira livre de Porto Príncipe (80% do comércio lá é assim) me avisaram que tinham dois problemas que poderiam acontecer e deveriam ser evitados: 1) acharem que eu era dominicana; 2) acharem que eu era da ONU.
E, de longe, a segunda situação era a mais perigosa. A possibilidade de ser identificado como alguém próximo às tropas da Missão de Paz era algo realmente ruim. Tínhamos que nos identificar como "missionários", o que nem sempre era tranquilo também.
Depois de um tempo, quando já tinha voltado ao Brasil, fui saber o que os soldados da Minustah faziam com meninas haitianas e dos massacres que aconteceram em territórios inteiros como na Cidade do Sol.
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