Da próxima vez que você encontrar algum pós-adolescente defensor da União Soviética por essas bandas, conte a história dessa foto pra ele:
Na década de 1940, os estados bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) foram ocupados pela União Soviética graças a um acordo entre Hitler e Stálin conhecido como Pacto Molotov-Ribbentrop (Ian Kershaw, biógrafo de Hitler, conta que Stálin fez um brinde a Hitler após a assinatura).
Exatos 30 dias depois, as tropas da Alemanha Nazista e da União Soviética organizaram um desfile militar, durante a invasão da Polônia, na cidade de Brest-Litovsk.

Era o pontapé da maior guerra da história.
Até o final dos anos 1980, os países bálticos permaneceram sob domínio soviético. Para lutar por independência, no dia 23 de agosto de 1989, no 50º aniversário do Pacto Molotov-Ribbentrop, eles decidiram organizar um dos protestos mais icônicos da história.
Este é o Caminho do Báltico.

Nesse dia, 700 mil pessoas na Estônia, 500 mil na Letônia e 1 milhão na Lituânia deram as mãos e formaram uma corrente humana de 675,5 quilômetros, passando por Tallinn, capital da Estônia, Riga, capital da Letônia, até Vilnius, capital da Lituânia.
Sete meses após o protesto, a Lituânia se tornaria a primeira república soviética a declarar independência. Estônia e Letônia vieram na sequência.

A União Soviética entrou em colapso.
Inspirados no Caminho do Báltico, Taiwan organizou uma corrente humana de 500 quilômetros, com 2 milhões de pessoas, em 2004.

Hong Kong fez o mesmo em 2019, mas com 50 quilômetros e 210 mil participantes.

Ambos os protestos foram contra o Partido Comunista Chinês.
Quem não conhece a História está condenado a repeti-la.
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