— Como Jair Bolsonaro tentou sabotar o combate ao novo coronavírus
No sábado, quando o Brasil oficialmente contabilizou 50 mil óbitos por covid-19, um forte editorial do Jornal Nacional ressaltou que “a história vai registrar também aqueles que se omitiram, os que foram negligentes, os que foram desrespeitosos“. https://twitter.com/jornalnacional/status/1274500163202154496
Mesmo sem citar nomes, todos entenderam a quem o texto se referia. Mas faz-se necessário um registro mais explícito. Ou corre-se o risco de, no futuro, o passado mais um vez ser deturpado por revisionistas. Nesse sentido, nada melhor do que listar os fatos em ordem cronológica.
26 de fevereiro de 2020:

O Brasil confirma o primeiro caso de covid-19.
https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46435-brasil-confirma-primeiro-caso-de-novo-coronavirus
24 de março de 2020, 46 mortos:

Na TV, com um sorriso cínico, Bolsonaro prega contra o isolamento social. No pronunciamento, alega que, por possuir um histórico de atleta, estaria protegido contra o que novamente chama de “gripezinha”.
Nessa mesma data, por não concordar com a insistência presidencial no uso da cloroquina, medicação cuja eficácia contra a covid-19 jamais foi comprovada, Nelson Teich se demite do comando do Ministério da Saúde. https://veja.abril.com.br/brasil/ministro-nelson-teich-pediu-demissao/
19 de junho de 2020, 48.954 mortos:

O Brasil supera o milhão de casos, e ainda quebra o recorde mundial de diagnósticos confirmados em um único dia. Jair Bolsonaro, no entanto, estava mais preocupado em reabrir o comércio e acabar com a tomada de 3 pinos. https://veja.abril.com.br/blog/radar/a-briga-de-bolsonaro-agora-e-contra-a-tomada-de-tres-pinos/
Nesta mesma data, Carlos Bolsonaro, que é quem de fato manda no pai, solta uma nota de pesar pela instauração do socialismo na Argentina — algo que só acontecia na mente lunática do Zero Dois. https://twitter.com/CarlosBolsonaro/status/1274791155511820288
22 de junho de 2020, 51.271 mortos:

Mesmo diante da maior emergência sanitária em um século, o Brasil completa 38 dias sem ministro da Saúde.
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