Vou expor alguns dados que obtive analisando os boletins epidemiológicos de Boca do Acre.
Antes de mais nada, quero informar que não estou duvidando do trabalho de nenhuma instituição, secretaria ou profissional da área.
Os dados foram analisados durante os dias 29/05 a 22/06.
Vale salientar que também analisei os dados da SUSAM/FGV e o relatório da Curva de Contaminação do COVID-19 do Estado do Amazonas divulgado pela FAPEAM em maio.
Informo ainda que defendo o isolamento social e sempre duvidei dos dados informados pelo Atila Iamarino, pois a metodologia utilizada é incompatível com a realidade do nosso país.
Apesar disso, sou um defensor do isolamento social quando é possível realiza-lo.
Quase fui cancelado por duvidar dos dados do Atila Iamarino na época, porém toda pesquisa científica deve ser analisada e nunca ser tratada como verdade inabalável e universal antes de ser debatida.
Entendo que algumas pessoas não conseguem realizar o isolamento social por diversos fatores que não cabe aqui serem apontados.
Entendo também que pesquisadores e trabalhadores da saúde estão a todo vapor tentando entender ou minimizar os impactos causados pelo Covid-19.
Não sou infectologista e nem trabalho nas área de saúde, muito menos tenho formação em biologia, minha área é matemática e o que irei divulgar são dados superficiais que obtive analisando os boletins e as fontes supracitadas.
Vamos a primeira informação: a evolução do Covid-19 em Boca do Acre.
O dado que devemos observar não é o número de infectados, devemos observar a relação entre curados e novos casos.
Segundo Jornal Opinião, 87% dos infectados da nossa cidade já foram curados. Desses, 44% foram curados somente no período observado dessa análise.
Atualmente, conforme os dados dos boletins epidemiológicos, aproximadamente 10% dos infectados ainda estão com o Covid-19.
Segue a tabela completa:
Outra informação importante é o decrescimento constante do número de curados, em quase um mês de observação, a porcentagem do número de infectados nunca oscilou para mais, a queda foi constante.
No relatório técnico da FAPEAM, é alertado que "qualquer afrouxamento de medidas de distanciamento social, neste
momento ou nas próximas oito semanas, pode levar a um novo crescimento das infecções e óbitos de COVID-19 em poucas semanas."
Desde o inicio do mês de julho, há um afrouxamento de medidas de distanciamento social, sem mencionar as aglomerações que acontecem constantemente em nossa cidade. Isso vai totalmente contra aos que os pesquisadores informam.
Outra questão que devemos observar é a relação entre novos curados x novos infectados.
Em quase um mês, quase todos os dias o número de novos curados foi maior que o de novos infectados.
Portanto, isso me faz indagar se a vitamina D não seja o fator principal de defesa do nosso corpo, conforme os pesquisadores da Universidade de East Anglia divulgaram em maio.
Eles produziram um gráfico de correlação mostrando a relação entre os níveis de vitamina D em comparação com o número de infecções por coronavírus. Países com baixos níveis de vitamina D tendem a ter as maiores taxas de casos por milhão.
Segundo o professor Matteo Bassetti, chefe da clínica de doenças infecciosas do hospital Policlinico San Martino, na Itália, o esforço mundial para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus chinês pode não ser necessário.
Segundo Bassetti, "as pessoas estavam chegando ao pronto-socorro com uma doença muito difícil de gerenciar e precisavam de oxigênio e ventilação, algumas desenvolveram pneumonia, temos cada vez menos pessoas infectadas e isso pode acabar com o vírus morrendo"
Portanto, aqui vai algumas hipóteses:
1 - o vírus sofreu uma mutação de tal forma que os testes rápidos são incapazes de identifica-lo.
2 - a vitamina D e o calor abundante de nossa região é uma defesa que países europeus não tem.
3 - as mutações que o vírus sofreu, podem ter tornado-o mais fraco, fazendo com que as pessoas infectadas não procurem fazer o teste.
4 - pelo alto número de infectados agregado ao número de assintomáticos, pode ter ocorrido a "imunidade de grupo"
5 - a hipótese mais radical, a hiperinflação do número de infectados no inicio.
Independente da hipóteses, devemos ter cautela e não afrouxar demais.
Ainda não entendemos o comportamento do vírus e pode haver uma nova onda.
Portanto, manter o isolamento social, por enquanto, é a única arma que podemos utilizar.
Além dos banhos de sol, beber água e se alimentar adequadamente.
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