Fio | #NumDiaComoHoje mas em 1830, nascia em Salvador, Bahia, Luiz Gonzaga Pinto da Gama.

Era filho de um português e de Luiza Mahin, negra acusada de se envolver com a Revolta dos Malês, na Bahia – a primeira grande rebelião urbana de escravos da história do Brasil.
Aos 10 anos, tornou-se cativo, vendido pelo próprio pai.

Luiz Gama morou com a mãe em Salvador até os oito anos. Quando a líder rebelde teve que fugir para o Rio de Janeiro, buscando escapar da forte perseguição, Luiz foi entregue ao pai, um fidalgo português.
Jogador compulsivo e afogado em dívidas, seu pai lhe vendeu a um traficante e Luiz Gama virou escravo doméstico em São Paulo.

Aos 18 anos, sabendo ler e escrever, conseguiu provas irrefutáveis da ilegalidade de sua condição, pois era filho de uma mulher livre.
Já liberto, em 1848 assentou praça na Força Pública da Província. Em 1854 teve baixa da Força Pública por insubordinação e em 1856 foi nomeado escrevente da Secretaria de Polícia.

Foi nesse período, como escrevente, que Luiz teve acesso à biblioteca do delegado, então professor
de Direito. Luiz Gama se tornaria um grande advogado (rábula). Um dos abolicionistas mais atuantes de SP. Com seu trabalho nos tribunais, conseguiu libertar centenas de negros mantidos injustamente em cativeiro ou acusados de crimes contra os senhores. Especializou-se nessa área.
Três anos depois, publicou seu único livro de poesias. Seu célebre poema A Bodarrada ironizava os que tentavam negar a influência africana na formação da nossa identidade nacional.
Também colaborou com diversos periódicos, escrevendo para jornais satíricos de São Paulo. Em 1880,
já tinha se transformado em um líder do movimento abolicionista da cidade. Lutou nas cortes provincianas para estabelecer o princípio de que todos os escravos ingressos no país após a proibição do tráfico negreiro, em 1850, eram livres por lei.
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