Acredito que agora a maioria está tendo uma pálida ideia da miséria que assola o curso de direito. Nós que fazemos direito passamos 05 anos de nossas vidas, com raríssimas exceções (segue o fio)

1) enaltecendo "constitucionalistas" e seus manuais que exalam ódio à Constituição, especialmente os princípios da República, a cláusula democrática e os direitos fundamentais.

2) "estudando" direito público tão somente por meio de manuais escritos por notórios adoradores da ditadura e/ou artífices de golpes de Estado, pessoas que claramente odeiam o povo, odeiam o Brasil e entendem "público" como sinônimo de "estatal".

3) sendo adestrados por juristas incapazes de um mísero pensamento crítico, repetidores de velhas fórmulas e autores de conclusões canhestras como e.g. de que as forças armadas exercem o "poder moderador" por força do artigo 142 Constituição Federal (?).

4) aprendendo direito penal e o processo penal com pessoas que têm ojeriza à liberdade, que têm repulsa de pobres, de negros e de minorias em geral e que acham que "bandido bom é bandido morto".

5) ouvindo a fala autoritária de pessoas que nem mais disfarçam as saudades da escravidão e da ditadura, na esperança de reviver um tempo em que tinham alguma relevância.

6) fazendo pouco da filosofia, da teoria geral do direito, da sociologia da economia política, da literatura e - pasmem - da história
.

Por isso, não se deve estranhar ao ouvir juristas em defesa de "intervenção militar constitucional (?)", da morte de pessoas doentes em nome da "liberdade" e da confusão entre liberdade de expressão e discurso de ódio. Sem juristas de estimação não se faz uma ditadura.