Na luta aberta que estamos assistindo entre o poder executivo e o poder judiciário, alusões ao nazismo apareceram novamente na cena pública brasileira. Dessa vez, em jogo reverso. [1/11]
Como todos sabem, ministros do governo federal têm sido criticados por trazerem à tona discursos que se assemelham ao nazismo, em forma e conteúdo. [2/11]
Em meados de janeiro, o ex-secretário de cultura Roberto Alvim divulgou um vídeo emulando a estética e o discurso de Joseph Goebbels. [3/11]
Ainda este mês, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom) publicou uma variação da frase escrita nos portões do campo de concentração de Auschwitz: “O trabalho liberta”. [4/11]
Agora, invertendo as acusações, membros do executivo nacional e aliados de Bolsonaro reagem ao inquérito das Fake News do STF tratando seus ministros como nazistas.
Entre ontem e hoje, para citar alguns exemplos: [5/11]
Entre ontem e hoje, para citar alguns exemplos: [5/11]
1. Abraham Weintraub, ministro da educação, fez alusão à caça aos judeus pelos nazistas para se referir à ação da PF iniciada a partir da determinação do STF. Segundo ele, o dia de hoje será lembrado como a “Noite dos Cristais brasileira”. [6/11]
2. Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, investigado por disseminação de fake news e ataques às instituições nas redes sociais, se referiu ao STF como o Tribunal do Terceiro Reich, instituído por Hitler. [7/11]
3. Allan do Santos, jornalista do Terça Livre e alvo da mesma operação da Polícia Federal, comparou o Ministro Alexandre de Moraes a Hitler. [8/11]
É risível e trágico: aqueles que incorporam a linguagem e a estética nazista agora acusam os outros da mesma coisa para se vitimizarem.
A recorrência escancara o método. [9/11]
A recorrência escancara o método. [9/11]
O que estamos vendo pode ser definido como “banalização” e “perversão” não porque utiliza categorias do nazismo e do Holocausto para a análise de temas contemporâneos, mas porque inventa formas de aplicá-las num discurso que é excludente é perigoso em si. [10/11]
Apenas parem. Vocês ofendem a memória das verdadeiras vítimas do nazismo e do Holocausto e não enganam ninguém. [11/11]