Fala do ministro da Educação, Abraham Weintrsaub, na reunião ministerial (privada) no Palácio do Planalto, em 22ABR2020.

Obrigado!
Tem três anos que eu... (o presidente faz um comentário: fui claro no penúltimo rs rs)... muito obrigado! Tem três anos que através do Ônyx, eu
conheci o presidente. Nestes três anos eu não pedi uma única... Conselho, não tentei promover minha carreira, me ferrei na física: ameaça de morte na universidade, e o que me fez naquele momento embarcar junto, era a luta pela LIBERDADE - eu não quero ser escravo neste país, e
acabar com esta porcaria que é Brasília. Isto aqui é um cancro de corrupção, de privilégio. Eu tinha uma visão extremamente negativa de Brasília. Brasília é muito pior do que eu podia imaginar. As pessoas aqui perdem a percepção, a empatia, a relação com o povo, se sentem
inexpugnáveis. Eu tive o privilégio de ver mais da metade aqui, deste time, chegar. Fui secretário executivo do ministro Ônyx. Eu acho que a gente tá perdendo um pouco desse espírito. A gente tá perdendo a luta pela LIBERDADE. É isso que o povo tá gritando! Não tá gritando pra
ter mais estado, pra ter mais projetos, pra ter mais... O povo tá gritando por LIBERDADE, ponto. Eu acho que é isso que a gente tá perdendo, tá perdendo mesmo! O povo tá querendo ver o que me trouxe até aqui. Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF.
E é isso que me choca! Era só isso, presidente! Eu, eu realmente acho que, toda essa discussão de, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo... Eu vi muitos ministros que chegaram, foram embora. Eu percebo que tem muita gente com agenda própria. Eu percebo que tem, assim... tem o
jogo, que é jogado aqui, mas eu não vim pra jogar o jogo. Eu vim aqui pra lutar. E eu luto e me ferro. Eu tô com um monte de processos aqui, no Comitê de Ética da Presidência. Eu sou o único que levou processo aqui. Isto é um absurdo, que tá acontecendo aqui no Brasil. A gente tá
conversando com quem a gente tinha que lutar. A gente não tá sendo duro o bastante contra os privilégios, contra o tamanho do Estado. E é... eu realmente tô aqui de peito aberto, como vocês sabem disso. Levo tiro. Odeio o Partido Comunista (excluído por determinação judicial,
‘por dedução a palavra dita foi Chinês’).Ele tá querendo transformar a gente numa colônia. Este país não é... Odeio o termo povos indígenas,odeio esse termo,odeio... o povo cigano... só tem um povo neste país... quer, quer, não quer,sai de ré... é POVO BRASILEIRO! Só tem um povo,
pode ser preto, pode ser branco, pode ser japonês, pode ser descendente de índio, mas tem que ser BRASILEIRO, pô! Acabar com esse negócio de povos e privilégios. Só pode ter um povo. Não pode ter ministro que acha que é melhor do que o povo, do que o cidadão. Isso é um absurdo, a
gente chegou aqui... o senhor levou uma facada na barriga, fez mais do que eu, levou uma facada, mas eu também tô levando bordoada e tô correndo risco. E fico escutando esse monte de gente defendendo privilégios e teta, entendeu? É isso... negócios, empréstimos. A gente veio aqui
pra acabar com tudo isso, não pra manter essa estrutura. E este é o meu sentimento, extremamente chateado, que eu tô vendo esta oportunidade se perder. Eu sou, evidentemente... eu tô no grupo dos ministros que está mais ligado com a militância e, evidente, por que eu era um
militante. Eu tava militando de peito aberto, continuo militando. Do ponto de vista de carreira eu poderia ter tentado me dar bem, não foi isso que eu fiz. Não foi isso que eu fiz! Sei que isto daqui é um Palácio, existem trilhas palacianas, tô sendo muito franco, e a gente pode
sim, perder a LIBERDADE, perder este país. Ninguém vai se dar bem se a gente perder este país. Quem vai se dar bem são poucos, pouquíssimas famílias. Pouquíssimas famílias! Não se iludam! Não se iludam! Era isso.
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