Saiu o estudo com 96 mil pessoas testando cloroquina e hidroxicloroquina. A conclusão é que o Brasil está distribuindo um tratamento com cloroquina que aumenta as chances das pessoas internadas com COVID-19 morrerem em 30%. Segue um fio explicando de onde vem esse número.
Foram 671 hospitais no mundo com 96 mil pacientes acompanhados entre final de dez e meio de abril. Só com pacientes tratados até 2 dias depois do diagnóstico positivo. Não incluíram quem já estava em ventilador. Ou seja, trataram desde bem cedo, não esperaram complicações.
O Hazard Ratio, que é o risco relativo de quem é tratado aumentou de 1,33 (hidroxicloroquina) a 1,46 (hidroxicloroquina+atb), um risco maior de morte por COVID-19 proporcional ao de quem tem hipertensão (1,3). Os tratamentos tb aumentaram entre 2 e 5x o risco de arritmia cardíaca
Normalmente, se espera que um tratamento diminua o Hazard Ratio, isso é, diminua as chances da pessoa morrer ou ter complicações com a terapia. No caso de qualquer combinação de cloroquina ou hidroxicloroquina, o risco de morte aumentou consistentemente.
Isso porque normalmente esses riscos variam ao longo de meses. No caso dessas terapias com cloroquina, esse aumento do risco de morte foi registrado em dias, nas poucas semanas de acompanhamento. É seríssimo. Se quiser saber sobre o Hazard Ratio: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5388384/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/artic...
E pra deixar claro, ao aumento de 30% é o menor deles. Em algumas combinações, como hidroxicloroquina e antibióticos como azitromicina, foi de 45%.
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