Daqui a oito minutos, o Castelo Rá-Tim-Bum completa 26 anos – a estreia foi no dia 9 de maio de 1994, às 19h30.

E por conta disso eu resolvi brincar de thread hoje: para cada curtida, uma curiosidade sobre o Castelo! Vamos lá?

#tvcultura #casteloratimbum #anos90
1) O Castelo Rá-Tim-Bum não ia chamar Castelo Rá-Tim-Bum. Ia ser Castelo Encantado, ou Mundo Encantado, de repente da fase do projeto. Mas para conseguir o apoio da Fiesp, o presidente da Cultura, Roberto Muylaert, teve de colocar o Rá-Tim-Bum no nome. #branding, eles dizem.
2) O Castelo também não ia ser só um programa... num castelo. A princípio, o Castelo era só um dos muitos ambientes que o Cao Hamburger e o Flávio de Souza bolaram para um novo programa, que ia substituir o Rá-Tim-Bum na grade da @tvcultura.
3) Os dois foram contratados para fazer só alguns quadros novos do Rá-Tim-Bum. Mas foram tantas ideias que acabou virando um programa novo – o Mundo Encantado, em que três crianças usavam portais para ir para uma escola, uma ilha, um castelo e até a "loja do Arquimedes".
4) Quando o Cao e o Flávio foram apresentar o projeto pros chefes na Cultura, era óbvio que aquilo ia estourar o orçamento. Aí eles decidiram que o novo programa ia se passar numa escola. Com bonecos. Tipo uma Escolinha do Professor Raimundo de espuma.
5) O Cao não ficou satisfeito. Passou uma madrugada toda batucando uma nova ideia, usando um dos ambientes do programa – um castelo, com um cientista maluco à la Victor Frankenstein, e bolou uma ideia de roteiro em cima dele.
6) Frankenstein não era uma referência nova pro Cao – nos anos 1980, ele e a Eliana Fonseca (que muita gente conhece como a Cacilda do Rá-Tim-Bum) dirigiram juntos um curta de massinha, o Frankenstein Punk. Dá pra assistir inteiro aqui (e e mó legal):
7) Aí deu certo. Mas nesse novo roteiro, as crianças viraram coadjuvantes. O protagonista ia ser o cientista maluco – o Doutor Victor. Mas não funcionou direito. Aí surgiu... o aprendiz de feiticeiro, o Nino – inspirado no Mickey de "Fantasia" (1940)
8) Já o nome do Nino veio emprestado da Nina, personagem da Iara Jamra em Rá-Tim-Bum. É aquela menina grande que brinca com a boneca Careca, lembra?
Parei pra jantar e BOOM, isso aqui explodiu. Arranjei o que fazer pelo resto da quarentena. Vamos lá...
9) Inicialmente, não ia ser o Cássio Scapin quem ia fazer o Nino. E nem era esse o primeiro nome dele. Era... Ari.
10) E quem ia interpretar o Ari era o ator Ary França. Aqui, ele junto com a Marisa Orth no "Durval Discos", primeiro filme da Anna Muylaert como cineasta
11) O Castelo tem uma série de "quase atores", inclusive. Quem ia fazer a Morgana não era a Rosi Campos. Numa primeira versão da sinopse, o papel era da Myriam Muniz – que acabou declinando.
12) Já a Penélope ia ser feita pela Denise Fraga! Ela chegou até a fazer alguns testes de figurino, como mostra esse croqui do Carlos Alberto Gardin (que me mandou a imagem quando eu tava fazendo o TCC sobre o Castelo)
13) A Denise acabou desistindo do papel porque ia fazer uma novela no SBT, Mariana, a Menina de Ouro, que acabou nunca indo ao ar.
14) Eu fico curioso pra saber como seria Mariana, a Menina de Ouro. A direção ia ser do Fernando Meirelles, o roteiro do Flavio de Souza (o mesmo do Castelo, hehe). A princípio, ia passar por volta das 19h – junto com o Castelo, inclusive. Mas o projeto não deu certo.
15) Alguns atores, porém, já estavam destinados para o Castelo desde o início. É o caso do @LucianoAmaral, que já tinha feito O Mundo da Lua. Ou o Sérgio Mamberti, primeira escolha para o Doutor Victor
16) Doutor Victor, aliás, que era para ter sido mais Frankenstein e acabou virando uma espécie de Leonardo da Vinci bruxão. A referência é tanta que o Castelo tem até um episódio só sobre o Da Vinci. É bem bom:
17) Quem também foi convidado desde o início foi a Patricia Gasppar, que estudou com o Cao e era amiga do Flavio. Ela faz a Caipora, claro – caracatau!
18) Alguns atores, porém, tiveram de fazer testes para os seus papéis. Henrique Stroeter, que acabou sendo o Perônio, foi um dos que fizeram teste para Nino
19) Já o querido Dr. Abobrinha, Pascoal da Conceição, nem ia fazer o teste. Ele fazia dublagens para a Cultura na época e um amigo pediu uma carona pra ir para a Água Branca. Acabou sabendo do teste e fez – e assim o Dr. Pompeu Pompílio Pomposo finalmente ganhou seu rosto.
20) Philippe Barcinski, que depois virou um grande diretor de TV e cinema, era o estagiário do Castelo – mais especificamente, o assistente de direção do Cao , enquanto fazia cinema na ECA-USP. Sem ele, o Castelo teria sido bem diferente.
21) Jovem e com algum tempo livre, ele vivia indo ao teatro na época em que o Castelo tava escolhendo elenco. E foi assim que ele encontrou três atores diferentes pra série. O Cássio Scapin, por exemplo, foi um deles.
22) Os outros dois foram o Wagner Bello (que fazia o Etevaldo) e o Fredy Allan, que dividia a cena com o Luciano Amaral e a Cinthya Rachel numa peça chamada A Fuga do Planeta Kiltran.
23) Por conta do entrosamento, as três crianças acabaram sendo escolhidas para o Castelo. A Cinthya, porém, já andava pela TV Cultura: ela era parte da série O Professor, que a emissora exibiu ali no começo dos anos 1990. Essa era a abertura:
24) Ela teve que fazer o teste escondida porque o diretor de O Professor, Fernando Rodrigues de Souza, não queria perdê-la pro Castelo. (Fernando acabou sendo diretor de cena no Castelo, ou seja...)

O Professor não teve vida longa - até pq parecia bastante com O Mundo de Beakman
25) Ainda sobre nomes e escolhas de personagens. A ideia é que a Caipora não fosse um bicho do folclore, mas sim um índio. E ele ia se chamar Ubiratã.
26) A Cultura, porém, teve dificuldades para escalar um ator índio para o papel. E aí surgiu a Caipora. Já os índios foram contemplados na série com os Curumins.
27) Eram dois indiozinhos que viviam aventuras na mata, com as aventuras narradas pela Caipora. A Patricia Gasppar não gosta do trabalho – ela estava gripada quando gravou as narrações. Lembra aqui:
28) Ainda sobre a Patricia, ela tem uma história curiosa: é uma das poucas pessoas que viu o Vila Sésamo, de 1972, a cores. O pai dela apresentava um programa na Cultura e ela participava fazendo desenhos. Nos intervalos, ia brincar no estúdio do Vila.
29) (O Vila Sésamo, vale lembrar, foi o primeiro programa infantil de peso que a Cultura fez, numa versão brasileira do Sesame Street americano. Eu vou falar mais dele na thread, mas só queria deixar essa foto da Sonia Braga aqui <3)
30) Pra encerrar as primeiras 30 curiosidades, vamos DESMISTIFICAR uma lenda urbana: não, a @sandraannenberg não foi uma das passarinhas do Castelo. É parecido, mas quem fez esse papel foi a Ciça Meirelles, que é... esposa do Fernando Meirelles.
31) A Ciça também fez várias outras participações em quadros do Castelo, como o da Pianola e o da Caixinha de Música. Aqui, ela junto com o Fernando, hehe.
32) Ela conta que pra limpar toda a tinta do quadro do Pentagrama (a Pianola), onde os dançarinos tomavam um banho de tinta preta, só mesmo com esfregão.
- pausa para os nossos comerciais, por favor -
(se você não leu a bio nem consegue ver a foto, eu só sei esse montão de curiosidades porque eu escrevi um livro sobre o Castelo, o Raios e Trovões. Saiu no ano passado pela @gruposummus. Tá em todas as livrarias. :D)
33) Ok, a gente já falou sobre nomes de alguns personagens. Mas vamos de alguns mais. Perguntaram aqui sobre a origem das fadinhas Lana e Lara. Os dois nomes são homenagens que o Flavio de Souza quis fazer.
34) A Lana era uma referência à Lana Turner, atriz de Hollywood na Era de Ouro. Aqui ela, ó, tentando te ENFEITIÇAR.
35) Já Lara era uma homenagem a Lara Antipov, personagem do romance – e do filme – Doutor Jivago, de Boris Pasternak. Aqui, ela interpretada pela Julie Christie no filme dos anos 1960
36) As duas fadinhas foram criadas para ser uma atração para as crianças pequenas dentro do Castelo – quem tá ali na faixa dos 2 a 5 anos.
37) Já o figurino delas tem muito a ver com estilistas franceses como Thierry Mugler e Paco Rabanne. Olha só aqui o croqui original do Carlos Alberto Gardin.
38) Ah, vale dizer: as duas moram no Castelo e são parentes do Nino, do Dr. Victor e da Morgana. (É até por isso que elas dão bronca no Nino no começo do primeiro capítulo do Castelo, "Tchau não, até amanhã")
39) Outra coisa que é legal contar: sabe qual o sobrenome da família Nino-Morgana-Dr. Victor? É Stradivarius, uma homenagem aos famosos violinos.
40) Na série, em nenhum momento se fala sobre a mãe e o pai do Nino. Era uma sacada proposital: assim, qualquer criança em qualquer desenho familiar podia se identificar com o Castelo. O Dr. Victor e a Morgana eram figuras masculina e feminina, mas não tinham isso de "pai e mãe"
41) Mas a mãe do Nino, pelo menos, existe sim! No UNIVERSO EXPANDIDO DO CASTELO, que compreende também uma série de 12 livros lançada pela Companhia das Letrinhas, a mãe do Nino dá uma entrevista pra Penélope.
42) Tá nesse livro aqui – As Reportagens da Penélope.
(é uma pena que eu não tô na minha casa pra fazer fotos da entrevista).
43) A mãe do Nino chama Ninotchka – outra homenagem à Hollywood clássica. No caso, a um dos meus filmes favoritos da vida, Ninotchka, com a incrível Greta Garbo.
44) A série de livros do Castelo, inclusive, é uma das relíquias mais legais que eu tenho. Foram 12 livros, inspirados nos personagens, escritos pelo trio Cao, Flavio e Anna Muylaert entre 1995 e 1999.
45) O lançamento dos dois primeiros livros é a primeira vez que os atores e envolvidos com o Castelo se dão conta de que o programa é um sucesso. Foi em 1995, no Museu da Casa Brasileira, e a fila chegou a parar o trânsito da Avenida Faria Lima.
46) A história é melhor contada pelo Luiz Schwarz, dono da Companhia das Letras, nesse texto aqui para o blog da @cialetras. Tem até uma foto rara do @lucianoamaral nesse dia: http://historico.blogdacompanhia.com.br/2011/09/desastres-na-companhia-3/
47) (A ideia é que a coleção dos 12 livros do Castelo fossem encerrados com um Livro de Ouro do Castelo, a ser escrito pelos três cabeças...
48) ... O problema é que quando ele ia ser lançado, Cao e Flavio já tinham rompido artisticamente... e nem a @LiliaSchwarcz, que editou a coleção, sabe dizer hoje o que ia ter nesse livro de ouro. Uma pena, né?)
-- eu fui fazer um chá, mas vamos lá: se vc tem alguma coisa do Castelo que você quer MUITO MUITO SABER, me fala que eu escrevo aqui. --
49) Tá, vamos falar da ABERTURA. Eu gosto demais dela. E ela nem devia existir: a primeira ideia é que ela fosse feita em computação gráfica. Mas aí apareceu o Silvio Galvão...
50) Silvio Galvão é um dos personagens mais importantes do Castelo. Era o cara que fazia os efeitos especiais da Cultura – autodidata, foi ele que fez a Lua do Mundo da Lua. Essa aqui:
51) Sem ninguém exatamente pedir, o Silvio resolveu fazer uma maquete do Castelo. Era inspirada nas maquetes de pirâmides egípcias: elas não só mostravam o todo, mas também as partes e os detalhes da construção.
52) Assim, a abertura foi toda gravada de trás para frente! Em vez do Castelo ser montado, na verdade ele está sendo desmontado. Repara só:
53) A foto de cima da maquete é uma maquete que pouca gente viu. Na verdade, é a maquete original – e que tava na abertura da exposição do MIS em 2014. Mas eu tive a honra de visitar o ateliê do Silvio enquanto ele restaurava tudo. Olha só eu e o Porteiro original, hehe.
54) O Silvio, diga-se de passagem, é um cara incrível. Quando acabamos a entrevista, eu e ele estávamos chorando. Além da maquete, ele também fez a árvore da Celeste.
55) Outra coisa que ninguém queria. Não era pra árvore existir, mas ele inventou. E funcionou – a ponto de, no "mito de origem" do Castelo, ele ter justamente sido erguido em torno dessa árvore, que já era enorme.
56) Aqui, o Silvio, no ateliê dele em 2014, do lado do Relógio.
57) (Pra quem mora em São Paulo, o Silvio também é o cara por trás de uma das obras mais... intrigantes da cidade: o Dom Quixote que fica no Conjunto Nacional de tempos em tempos. Ele saiu da Cultura em 1994)
58) Mas vamos voltar pra abertura! O fundo dela, com o céu e tudo mais, é reaproveitado do cenário do Metrópolis, o programa de cultura da @tvcultura. O Cao não tinha pensado nisso, mas achou ótimo, porque além da abertura, a maquete e o fundo ajudaram nas 'passagens de cena'
59) Já a música da abertura é basicamente vinda de um SUPERGRUPO da vanguarda paulistana da época. O André Abujamra tinha feito o Mulheres Negras e tava começando o Karnak, junto com o Luiz Macedo. Já o Hélio Ziskind era do Grupo Rumo.
60) O Mulheres Negras, vale dizer, era o Abu-filho com o Maurício Pereira, pai do Tim Bernardes d' @o_terno. Aqui, deles "Sub". O Abu-filho, na época, era casado com a Anna Muylaert, inclusive.
61) Já o Rumo também tinha o Paulo Tatit, o Luiz Tatit, a Ná Ozzetti e uma galera. Era realmente uma banda enorme. O Hélio foi parar na Cultura por indicação da Beth Carmona, que era diretora de programação – o marido da Beth tocava com ele no Rumo.
62) A primeira coisa que ele fez na Cultura que chamou atenção foi a trilha do Glub Glub. Duas características marcantes: os sintetizadores e o uso de uma sílaba só. GLUB.
63) Depois do Glub Glub, o Hélio Ziskind também fez outra canção muito bacana pra Cultura: o tema de "Um Banho de Aventura", a primeira aparição do Júlio, do Cocoricó, bem antes da Fazenda. Eu adoro essa: "cadê o Léo, cadê o Léo, o Léo onde é que está?"
64) Juntos, Hélio, Luiz e Abu começaram a tramar a trilha da abertura. O Abu tinha que ir viajar, mas deixou o trio com três ideias:
a) o 'bum-bum-bum, castelo-rá-tim-bum'
b) o ritmo da bateria crescendo antes do refrão
c) um riff de guitarra meio "tim-tam-tum'
66) O Luiz conta ainda que para conseguir fechar o arranjo da música, ele ouviu muita coisa – tipo trilha de desenho animado, filmes como Star Wars e até mesmo seriados japoneses.
67) Vou falar mais da trilha e, especialmente, das ideias maravilhosas do Hélio, mas antes queria lembrar que ele é também o culpado por uma das melodias mais marcantes do Brasil. Ó O GÁS!
68) Sim: a música tema do caminhão da Ultragaz é do Hélio Ziskind. Volta lá na abertura do Glub Glub e repara como o som de sintetizador é o mesmo. Já a voz é da Vânia Bastos, que tocava com o Arrigo Barnabé.
69) Isso faz o Hélio Ziskind 'parceiro' do @dennisdjoficial, que produziu... 'Olha o Gás'. Olha aí o Castelo te acompanhando pela vida toda.
-- acabei de perceber que chegamos a mais de 1 mil curtidas. é o ponto que eu tenho certeza que não vou cumprir a promessa. mas vamos em frente até eu cansar de falar do Castelo (ou esgotar tudo que eu sei sobre, risos) --
70) O Hélio Ziskind ainda tem pelo menos duas contribuições inesquecíveis pra trilha sonora do Castelo. Uma é a música do "Passarinho, que som é esse?". Não era só uma coisa fofa: era para que a criança aprendesse os sons de diferentes instrumentos.
71) Assim, o Hélio teve o trabalho de compor uma música que explorasse o máximo de um instrumento.
Tinha uma frase comum "passarinho! que som é esse?", depois uma parte com notas graves, médias e agudas. Aí, um momento em que o instrumentista fazia um solo... e volta pro refrão.
72) e isso era com TODOS os instrumentos.
Olha só aqui... o Sax:
O Clarinete:
e até a bateria, por que não?
73) E só tinha fera nos instrumentos. Quem fez a cítara foi o Alberto Marsicano.
O baixo era o Swami Jr:
A guitarra era o Mário Manga, do Premê e pai da @marianaaydar:
A viola caipira era do Passoca:
74) A questão é que... o músico tinha que gravar o áudio. E depois ir fazer o vídeo com as Passarinhas. E não dava para fazer tanta roupa diferente assim pros músicos, cada um tinha um tamanho. Resultado? O figurinista, o Gardin, inventou uma roupa de lycra!
75) Assim, do músico mais pequenino ao grandalhão, todos iam caber na roupa. Já as Passarinhas tinham um visual inspirado no clipe da Grace Jones, "Slave to the Rhythm". Olha só:
76) Aqui, o croqui do Gardin, desenhado para a Ciça Meirelles e pra Dilmah de Souza. Não, não era pra Sandra Annenberg, eu já disse!
77) A outra grande contribuição do Hélio Ziskind pra trilha do Castelo é a música do Ratinho Tomando Banho. De novo, é importante lembrar que o Castelo era um programa com fins EDUCATIVOS. E ensinar a tomar banho e hábitos de higiene conta muito.
78) A ideia do Hélio era que a música fosse como um brinquedo pra criança levar pro banho, dando instruções pra ela se ensaboar. O problema foi... falar do órgão genital. Como fazer? Pintinho, pipi? E pras meninas? Era tudo muito complicado, ainda mais pra criança.
79) E para um programa que se pretendia universal – uma das coisas bonitas da Cultura é que ela conseguia falar com a criança rica e com a pobre, ao mesmo tempo.

Bem, aí que o Hélio teve o estalo: FAZEDOR DE XIXI. Afinal, é pra isso que serve quando a gente é criança!
80) Tem duas coisas que eu gosto na música ainda: o uso da palavra "tórax". "É pra criança ter o que perguntar pra alguém, é importante isso", diz o Hélio. E a hora que ele imita o Orlando Silva no "meu pé, meu querido pé". Se liga:
81) Já o Ratinho em si, tem nome: é Rá-Tim-Bum! Ele é, supostamente, o mesmo ratinho da abertura do Rá-Tim-Bum, o programa "pai" do Castelo. Lembra da abertura? É do... Silvio Galvão!
82) O visual do Ratinho, em massinha, foi feito pelo artista plástico Marcos Magalhães – cada minuto da animação custou US$ 2 mil, em valores da época. (Vale lembrar que o Castelo estreou quando ainda estávamos na gloriosa... URV!)
83) Já o Ratomóvel é mesmo do Silvio Galvão, e os dois foram feitos em partes separadas, porque ninguém sabia como a animação ia ficar. É um carrinho de controle remoto de verdade, fantasiado de rato cinza.
-- antes de eu ir além, mais uma pausa pra um chá e... um pedido! se você já leu o livro, quero muito saber o que achou! e se quiser, também pode deixar um post no insta, um comentário na amazon, no skoob, no goodreads! o boca a boca ajuda muito <3 --
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