O QUINTO DOS INFERNOS
A frase que geral diz, mas nem todo mundo sabe da onde vem. Vamos aprender a origem desse belíssimo fraseado no dia de Tiradentes.
Ao contrário do que muitos podem achar, essa frase não tem nada a ver com religiosidades.
A frase que geral diz, mas nem todo mundo sabe da onde vem. Vamos aprender a origem desse belíssimo fraseado no dia de Tiradentes.
Ao contrário do que muitos podem achar, essa frase não tem nada a ver com religiosidades.
A origem do termo vem do imposto de 20% (ou a quinta parte) do peso do ouro cobrado no século 18 das cidades mineradoras do Brasil Colônia. Para evitar as constantes sonegações (q geraram outra expressão, os Santos do pau oco - estátuas religiosas usadas para contrabandear ouro),
a Coroa portuguesa decidiu retirar o quinto diretamente nas casas de fundição. A riqueza obtida pelo recolhimento do imposto era levada para Portugal em navios que ficaram conhecidos como naus dos quintos.
Os brasileiros gostavam tanto de pagar 20% do ouro pra coroa portuguesa que apelidou carinhosamente o imposto de "quinto dos infernos".
A fuga do ouro das mãos reais continuou e, numa atitude mais drástica, fixou-se uma cota anual mínima para assegurar o quinto: 100 arrobas, 1500 quilos de ouro. Se os tributos não atingissem essa quantia, a população teria que complementar a soma estipulada - era a “derrama”.
Na verdade, ocorreu apenas uma Derrama, promovida pelo governador de Minas Gerais, Luís Diogo Lobo da Silva, em 1763/64. De resto, embora a cota de 100 arrobas anuais quase nunca fosse atingida, elas sempre foram adiadas, empurradas pela barriga, com o pagamento repactuado.
A partir de 1787-1788, a corrupção dos governantes da Capitania de Minas Gerais, aliada aos boatos de que a Derrama, agora, sem escapatória, iria ser implementada, fez desencadear a Inconfidência Mineira.
Hoje comemoramos o dia de um dos Inconfidentes, Tiradentes, q morreu como símbolo da luta mineira contra a tirania da coroa de Portugal. Não deixemos esse símbolo se desvair. Não nos conformemos com os incessantes aumentos de impostos q não mais a Coroa nos impõe, e sim Brasília.
Hoje não pagamos mais "o quinto". Pagamos dois quintos. Hoje pagamos mais do que o "terço". Não deixemos morrer a inconformidade que sempre tivemos. Viva Joaquim José da Silva Xavier! Viva Tiradentes! E viva a Inconfidência Mineira!