Read on Twitter
Eu fico com a impressão de que o postulante ao cargo de Ministro da Saúde, @OsmarTerra, leu só a manchete da reportagem que ele mesmo postou. Ou leu e resolveu se obtuso em relação às conclusões da matéria. Segue o 
https://abs.twimg.com/emoji/v2/... draggable="false" alt="🧶" title="Yarn" aria-label="Emoji: Yarn">. https://twitter.com/OsmarTerra/status/1248661605266722817">https://twitter.com/OsmarTerr...
O governo sueco não tornou compulsório o distanciamento social, como alguns países da Europa fizeram. É uma situação parecida com a do Brasil. Tem gente que respeita, tem gente que não respeita.
Segundo uma jornalista, "os metrôs de Estocolmo foram de completamente lotados para apenas alguns passageiros por vagão. Tenho a sensação de que a maioria leva o distanciamento social a sério. Mas enquanto alguns suecos nem beijam o esposo, outros estão dando festa de Páscoa."
Aqui fica pior para o @OsmarTerra. A curva de contágio da Suécia é mais íngreme que de muitos países da Europa. Um estudo da Imperial College London estimou que 3,1% da população sueca esteja infectada (até o dia 28 de março). Comparado com 0,41% da Noruega e 2,5% do Reino Unido.
Em relação ao número de mortos, até o dia 8 de abril, foram 67 mortos por 1 milhão de cidadãos suecos segundo o Min. da Saúde. A Noruega tem 19 mortes por milhão de habitantes, a Finlândia 7 por milhão de habitantes. O número de mortes na Suécia aumentou 16% na última quarta.
Segundo um professor da Universidade de Estocolmo que faz modelos de como infecções se comportam em populações, ele prevê que 40% da capital sueca estará infectada até o fim de abril.
Admitindo que é difícil mensurar a taxa de infecção agora, ele acredita que "10% ou um pouco mais" tenham a doença agora no país. Ou seja, diferente do que afirma @OsmarTerra, a Suécia está longe do pico da curva de infecção do coronavírus.
Se a ideia do Ministro da Saúde wannabe @OsmarTerra era usar essa reportagem da CNN para provar que a política da Suécia em relação ao coronavírus é a mais acertada, ela prova exatamente o contrário.
Os números são piores, o pico de contaminação ainda está longe e as consequências ainda virão. Infelizmente.
