A Alta Idade Média (1000-1300 dC) foi uma das fases mais exuberantes da civilização. Foram criadas Universidades, o relógio, instrumentos óticos, o uso da força dos ventos e da água para produção, saltos na matemática com a introdução dos numerais indo-arábicos.
O gigante intelectual da época era o reitor da Universidade de Paris, autor de Summa Theologica, São Tomás de Aquino. A “redescoberta” dos textos aristotélicos trouxe luz e progresso. O debate era aberto, dinâmico, questionador. Porém...
...em 1343 chega a peste negra, que acabou matando 1/3 de toda a população da Europa. Iniciou-se uma terrível era de obscurantismo. O conhecimento devia, pensavam, ser restrito a uma elite, e excluir o povinho não intelectualmente sofisticado para entender as questões em jogo.
A informação era apresentada de maneira propositalmente imprecisa e rebuscada, justamente para evitar que se questionasse ou se aprofundasse o entendimento. Tudo era deliberadamente vago, para confundir. Já deu para entender onde estou chegando?
Estamos vivendo no último mês a Pequena Era de Obscurantismo. “O brasileirinho não tem cabeça para entender as questões”, “temos que contar mentiras benignas para que eles não façam besteira” ou pior “para que não tomem o remédio que eu tomo e falte para nós”.
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