No passado era comum usar lidocaína profilática depois de um infarto. Pois era um antiarritmico e boa parte das mortes pós infarto eram por arritmia.

Faz sentido não? Total plausibilidade biologia.
Aí fizeram um pouco de ciência. E viram que quem usava lidocaína morria mais. Por um negócio chamado efeito colateral.
Quanto mais baixo o risco de uma doença complicar maior a chance do remédio fazer mais mal do que bem. Pq o benéficio.vai ser menor mas a taxa de complicação vai ser igual.

O que acontece com a cloroquina é bem parecido.
1. Tem plausibilidade biológica. Ação in vitro. Mas ainda falta comprovar se funciona nos doentes.

2. Mesmo se funcionar. Se usada em todo mundo. Em doentes de baixo risco provavelmente vai causar muito mais mal do que bem. Muito mais evento adverso do que benefício.
3. O pior. Quando usada em paciente muito grave também não tem mostrado benefício. Já passou do ponto. O que mata é o pulmão todo detonado. Não mais a presença do vírus por lá.
Assim. Provavelmente o benefício (se existir) é maior no paciente que tem evidência de pneumonia viral mas ainda não está em grave insuficiência respiratória. EXATAMENTE onde o documento do MS e da ATS mandam dar.
A pressão por liberar para todo mundo não faz sentido cientificamente. E vai matar mais gente que salvar. E só lembrar das lições que a história da medicina ensina
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