O mundo todo enfrenta duas crises: sanitária e, por consequência, econômica. O Brasil enfrenta três: sanitária, econômica e política. Com o agravante de que a política atrapalha o enfrentamento das outras duas.

E, por isso, eu não vejo como adiar o enfrentamento da terceira.
Entre o primeiro protesto e a queda de Dilma passaram-se 21 meses. Mas porque Brasília era contra e tentou de tudo um pouco para evitar.

Mas entre a formação da comissão do impeachment na Câmara e o afastamento no Senado foram menos de dois meses.
Se Brasília arregaça as mangas agora e separa 65 deputados para essa missão, o Brasil termina maio com Bolsonaro afastado.
Diante da maior emergência sanitária em um século, o presidente quer demitir o ministro da Saúde por fazer um bom trabalho, e colocar no lugar dele um negacionista. Também atrasa a implementação de medidas econômicas. E incentiva a população a correr risco.
Em paralelo, os filhos geram crises diplomáticas com o principal parceiro econômico do país e maior fornecedor da infraestrutura necessária para combater a pandemia.

Por MUITO menos do que isso, Dilma Rousseff foi impedida de continuar no cargo.
E olha que eu nem abordei o que o faz agir desta forma: aproveitar a tragédia para transformar isso aqui numa ditadura.
Com a pandemia em curva crescente, Jair Bolsonaro colocou o gabinete do ódio para tocar o linchamento virtual do ministro da Saúde para que possa derrubá-lo e colocar Osmar Terra no lugar.

Adiar o impeachment de Bolsonaro é um luxo que não cabe ao Brasil. https://veja.abril.com.br/blog/radar/bolsonaro-prepara-tiro-de-misericordia-em-mandetta/
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