A história da taça Jules Rimet é trágica e cômica ao mesmo tempo. Criada em 1930, foi guardada em uma caixa de sapatos e ficou escondida embaixo da cama, depois sumiu e foi encontrada enrolada em jornais por um cachorro que passeava com seu dono, e, por último, derretida. Segue:
A taça era belíssima. A deusa grega Nice (Nike), que representava vitória e glória, estava presente no centro. Com 30 cm e 1,80 kg de ouro, a Jules Rimet foi criada na primeira Copa (1930). Para que pudesse ficar definitivamente com um país, a seleção deveria ser campeã 3 vezes.
A primeira aventura da Taça começou em 1938. Com a Segunda Guerra Mundial deflagrada, o italiano vice-presidente da FIFA, Ottorino Barassi, teve medo de que os nazistas se apoderassem do objeto, visto que eles estavam roubando peças importantes dos países.
Barassi retirou a Taça do banco e levou para sua casa. Pensando na melhor forma de esconder, decidiu por colocá-la em uma caixa de sapatos e deixar embaixo da sua cama. Ninguém imaginaria que algo tão valioso estivesse lá. Guerra acabou, nazistas passaram, tudo ok.
28 anos depois, decidiram expor a Jules Rimet em uma museu na Inglaterra há 4 meses da Copa de 66. Pois ela foi sequestrada e movimentou toda a polícia de Londres para resolver o caso. Edward Betchley, responsável pelo sequestro, chegou a pedir um valor para devolver.
Ele só não contava com a astucia de Pickles, um cachorro que passeava com seu dono e farejou a Taça embrulhada em jornais no jardim de uma casa. O sequestrador foi preso por 2 anos.

Mais uma vez a taça da Copa foi salva, de maneira improvável, mas salva.
Depois dessa situação, resolveram que ela precisava de mais proteção. Depois de vencer a Copa 3 vezes, a Taça pertencia ao Brasil. Pois bem, dessa vez a colocaram em uma caixa de vidro blindado e deixaram na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Em 83 ela desaparecera definitivamente.
Agora vejam bem os nomes dos ladrões: Sérgio Peralta, Chico Barbudo e Luiz Bigode. Sérgio Peralta era dirigente do Atlético-MG e tinha acesso à CBF com facilidade; os outros dois colocaram a mão na massa e, depois de renderem o segurança, roubaram a Taça.
Como o vidro não quebrava, eles quebraram a moldura e levaram tudo embora. A versão contada até hoje é de que deram a taça para um ourives argentino e ele a derreteu. A polícia conseguiu prender os ladrões e resgatar o ouro derretido, mas esse também foi roubado hahahahaha.
O mais incrível disso foi a inteligência da CBF, que expôs a taça original e guardou a réplica no cofre!

Peralta, Barbudo e Bigode foram condenados a 9 anos de prisão, mas não ficaram tudo isso na cadeia. O ourives não foi preso por ter derretido o objeto.
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