LIu00c7u00d5ES DE ECONOMIA | O PARADOXO DO VALOR E A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL.
Imagine que um bilionu00e1rio te encontrasse na rua e oferecesse dois pru00eamios, vocu00ea poderia escolher apenas um deles.
Pru00eamio 1 - Um diamante enorme.
Pru00eamio 2 - Uma garrafa com u00e1gua.
Parece ser uma escolha muito fu00e1cil, certo?
Os diamantes su00e3o claramente mais valiosos do que a garrafa com u00e1gua.
Agora imagine poder fazer a mesma escolha, mas dessa vez, vocu00ea nu00e3o estu00e1 na rua, e sim desidratando num deserto depois de vagar por dias.
Os diamantes su00e3o claramente mais valiosos do que a garrafa com u00e1gua.
Agora imagine poder fazer a mesma escolha, mas dessa vez, vocu00ea nu00e3o estu00e1 na rua, e sim desidratando num deserto depois de vagar por dias.
Sua escolha seria diferente? Por quu00ea?
Na rua, vocu00ea estava pensando no valor de troca de cada item, no que vocu00ea poderia obter por eles posteriormente.
Ju00e1 no deserto, o que importa mais u00e9 o valor de uso, o quu00e3o u00fateis eles su00e3o na sua atual situau00e7u00e3o.
Na rua, vocu00ea estava pensando no valor de troca de cada item, no que vocu00ea poderia obter por eles posteriormente.
Ju00e1 no deserto, o que importa mais u00e9 o valor de uso, o quu00e3o u00fateis eles su00e3o na sua atual situau00e7u00e3o.
E uma vez que su00f3 podemos escolher uma das opu00e7u00f5es, temos tambu00e9m que considerar seu custo de oportunidade, ou seja, o que perdemos ao abrir mu00e3o da outra escolha.
Afinal, nu00e3o importa o quanto vocu00ea poderia faturar ao vender o diamante se vocu00ea nu00e3o conseguir sair do deserto.
Afinal, nu00e3o importa o quanto vocu00ea poderia faturar ao vender o diamante se vocu00ea nu00e3o conseguir sair do deserto.
"Ainda na primeira metade do su00e9culo XV, os escolu00e1sticos ju00e1 acreditavam que o valor de um bem era proveniente da utilidade que ele proporcionava.
Su00e3o Bernardino de Sena em sua anu00e1lise sobre a influu00eancia da escassez sobre os preu00e7os, solucionava o problema que, cerca (+)..."
Su00e3o Bernardino de Sena em sua anu00e1lise sobre a influu00eancia da escassez sobre os preu00e7os, solucionava o problema que, cerca (+)..."
quatrocentos anos depois, viria a ser conhecido como o u201cparadoxo do valoru201d:
u201c... Comumente, a u00e1gua u00e9 abundante, mas pode suceder
que em alguma montanha ou em outro lugar, ela seja escassa e nu00e3o abunde, e por isso seru00e1 mais estimada (valorizada) do que o ouro;
u201c... Comumente, a u00e1gua u00e9 abundante, mas pode suceder
que em alguma montanha ou em outro lugar, ela seja escassa e nu00e3o abunde, e por isso seru00e1 mais estimada (valorizada) do que o ouro;
e u00e9 por esta abundu00e2ncia da u00e1gua que os homens estimam (valorizam) mais o ouro do que a u00e1guau201d (paru00eantesis nossos)."
Su00e3o Bernardino sustentava em sua teoria que os bens tu00eam dois valores:
Su00e3o Bernardino sustentava em sua teoria que os bens tu00eam dois valores:
Um, objetivo, baseado na natureza, e outro baseado no uso, sendo influenciado essencialmente por sua utilidade subjetiva. De acordo com aquele autor os preu00e7os dos bens eram determinados por seu valor subjetivo, considerado sob tru00eas perspectivas:
1) u201cvirtuositasu201d (valor de uso),
2) u201craritasu201d (escassez)
3) u201ccomplacibilitasu201d (desejabilidade)
A utilidade se aplica a tudo, desde a necessidade bu00e1sica por comida ao prazer de ouvir sua mu00fasica favorita, e, naturalmente, varia de acordo com cada pessoa e circunstu00e2ncia.
2) u201craritasu201d (escassez)
3) u201ccomplacibilitasu201d (desejabilidade)
A utilidade se aplica a tudo, desde a necessidade bu00e1sica por comida ao prazer de ouvir sua mu00fasica favorita, e, naturalmente, varia de acordo com cada pessoa e circunstu00e2ncia.
Uma economia de mercado nos du00e1 uma maneira fu00e1cil de medir a utilidade. Basicamente, a utilidade que algo tem para vocu00ea u00e9 refletida no quanto vocu00ea estaria disposto a pagar por ele.
Para resolver o famoso PARADOXO DO VALOR, devemos compreender a LEI MARGINAL.
Agora, imagine-se novamente no deserto, mas dessa vez, te oferecem um novo diamante ou uma garrafa com u00e1gua a cada cinco minutos.
Agora, imagine-se novamente no deserto, mas dessa vez, te oferecem um novo diamante ou uma garrafa com u00e1gua a cada cinco minutos.
Se vocu00ea u00e9 como a maioria das pessoas, escolheru00e1 u00e1gua o suficiente para a viagem e depois tantos diamantes quanto puder carregar.
"Observemos que, u00e0 medida que reduzimos as quantidades do bem em uma unidade, perdemos a satisfau00e7u00e3o que aquela unidade nos proporciona e que, u00e0...
"Observemos que, u00e0 medida que reduzimos as quantidades do bem em uma unidade, perdemos a satisfau00e7u00e3o que aquela unidade nos proporciona e que, u00e0...
medida que aumentamos a quantidade do bem em uma unidade, ganhamos a satisfau00e7u00e3o que, a nosso juu00edzo, aquela unidade nos propicia. Isto u00e9, ao reduzirmos a quantidade do bem em unidades sucessivas, o valor de cada unidade vai sucessivamente aumentando, o que explica o fato de
uma garrafa com u00e1gua valer mais no deserto do que um diamante: similarmente, ao aumentarmos sucessivamente as unidades do bem, o valor de cada unidade vai progressivamente decrescendo.
Ao compreendermos a lei da utilidade marginal, conseguimos resolver o u201cparadoxo do valoru201d: o pu00e3o u00e9 mais u00fatil do que o perfume fino, mas, como o nu00famero de unidades de pu00e3o u00e9 maior do que o de perfumes finos,
o valor do pu00e3o, determinado por essa combinau00e7u00e3o de utilidade e escassez...
o valor do pu00e3o, determinado por essa combinau00e7u00e3o de utilidade e escassez...
subjetivas, u00e9 menor do que o do perfume. A comparau00e7u00e3o relevante nu00e3o u00e9, portanto, entre a utilidade de todos os pu00e3es e de todos os frascos de perfume, mas entre as utilidades de um pu00e3o e de um frasco."