Katsuki Bakugou percebeu que estava apaixonado pelo seu melhor amigo Eijirou Kirishima no seu aniversário de 15 anos, quando aquele idiota de cabelo vermelho vai até sua casa levar um bolo todo torto que ele mesmo fez.
Quando ele abre aquele sorrisão e oferece o doce, na primeira surpresa de aniversário que ele já recebeu, Katsuki já sabia que não dava mais pra negar.

E não que ele não tivesse tentado. Não era como se aquele sentimento tivesse nascido ali.
O Eijirou que ele conheceu no ensino fundamental tinha cabelo preto e só sorria quando tinha alguém olhando. E, bem, não era problema dele, certo? Katsuki tinha mais o que fazer. Só que dava nos nervos. Dava nos nervos que ele quisesse agradar todo mundo daquele jeito.
E quando ele veio puxar seu saco por causa das suas notas, do primeiro lugar no torneio de boxe ou por causa da sua performance de bateria na banda da escola, Katsuki queria socá-lo.

Então pensou que poderia fazê-lo.

Foi quando ele chamou Eijirou para lutar boxe com ele.
Eijirou ficou completamente chocado. O que _Katsuki_ iria querer com ele? O cara mais maneiro da sala, se não da escola, que todo mundo detestava e admirava na mesma medida, que só dormia na sala ou faltava mas tirava um dez atrás do outro.
Talvez Eijirou só tivesse aceitado por ser incapaz de dizer não para as pessoas, e porque ficou nervoso. Uma vez, que fosse. Daí ele podia negar delicadamente, né?

Ele não imaginou que iria gostar tanto. Não imaginou que se sentiria poderoso daquele jeito até levando soco.
Ali, naquele ringue, uns dois meses depois, quando conseguiu acertar um soco em Katsuki (ele estava distraído, mas ainda assim), Eijirou sentiu, ainda que por um momento, que conseguiria fazer qualquer coisa.
Ele e Katsuki ainda não conversavam, mas ele sentia que devia aquele momento a ele, por tê-lo dado aquela chance.
Ele sentiu que ia começar de novo, e ficou olhando para aquelas luvas de boxe vermelhas.

Quando passou na frente da farmácia voltando da escola, teve uma ideia.
Quase um ano depois, ensino médio, não se reconhecia mais aquele Eijirou, muito além do cabelo vermelho. Já não lutava tanto, porque entrou para vários outros esportes de grupo.Todo mundo na escola conhecia ele.

Mas ele nunca mais saiu do lado de Katsuki.
Eijirou tinha feito vários outros amigos, mas era com Katsuki que ele passava os dias. Eles iam aos treinos um do outro, estudavam juntos na sua casa e ele dormia lá para lhe fazer companhia, até porque seus pais estavam sempre viajando e ele só tinha a companhia de seu tio.
Na verdade, Katsuki sempre parecia querer ficar até mais tarde na casa de Eijirou, mesmo que nunca pedisse para dormir lá.

Algumas vezes ele aparecia de noite e jogava pedrinhas na sua janela para que ele descesse para conversarem.
Eles conversavam noite adentro desde bobagens a sonhos, sobre como Eijirou dizia que queria ser policial e Katsuki dizia que existiam meios menos estúpidos de se fazer justiça.

Era uma rotina que fazia Eijirou feliz.

Até que Katsuki começou a mostrar um comportamento estranho.
A primeira vez que Katsuki apareceu com hematomas no rosto, era convincente alegar que tinha sido por causa do treino de boxe.

Então ele falta quase uma semana inteira na aula, e quando aparece de novo, tem mais daqueles machucados e olheiras enormes.
Quando Eijirou tenta procurar Katsuki e perguntar o que aconteceu, aquele rapaz grosso que ele já não era mais com Eijirou há tempos aparece de novo. Xingamentos, dedo do meio, e mandou que ele cuidasse de sua própria vida.
Claro que Eijirou não iria fazer isso, mas também não sabia se devia procurar a família de Katsuki. Quer dizer, era óbvio que ele não gostava de ir pra casa. Ele só xingava seus pais, mas o quão grave aquilo poderia ter ficado?
Os rumores eram de que ele tinha se metido em brigas por aí. Ele continuou seguindo Katsuki, que só o evitava e destratava, mas ele não iria desistir.

Era então a semana do aniversário de Katsuki.
Katsuki nem podia acreditar que mesmo depois de tudo aquele maldito estava ali com aquele bolo.

Ele não aguentava mais os gritos indefinidos e a agressão de sua mãe. Quando ele podia ir dormir na casa de Eijirou ou conversar com ele, pelo menos não precisava ir pra casa.
Só que não dava mais pra ficar assistindo enquanto Eijirou dormia.

Não dava mais pra sonhar em fazer parte dos sonhos dele pro futuro.

Era um sentimento idiota e ele iria destruir aquilo.
Então, ele para a rua toda noite andar. Com aqueles sentimentos todos, com tanto ódio por ser carente e ridículo, era fácil mesmo arrumar briga com qualquer grupinho. Menos de quinze anos e já tinha roubado bebida e ficado bêbado sozinho em um beco. Ninguém ligava, certo?
Porra, Eijirou ligava. Ele tinha feito um maldito bolo pra ele, enquanto sua mãe nem lembrou que dia era.

Ele fechou a porta na cara de Eijirou porque seus olhos queimaram, e mal ouviu o estrondo antes de começar a chorar.
Claro que Eijirou ficou em choque. Ele estaria mentindo se dissesse que lágrimas também não encheram seus olhos, e ele estava ali na porta da frente com aquele bolo na mão, se sentindo um idiota.

O que ele fez de tão errado? Por que de repente seu melhor amigo o odiava tanto?
Contra a porta, mal sabia ele, Katsuki estava abraçado aos joelhos, chorando como poucas vezes tinha chorado na vida.

Ele ouve, num tom também choroso:

"Katsuki, eu não sei o que eu fiz pra você, mas... mas você podia, por favor, falar comigo?"
Seus dedos tremem pra desligar o aparelho auditivo, não consegue mais ouvir nada daquilo, mas ele ainda ouve um pedaço.
"Eu tô preocupado, você, não está bem! Se precisar me liga. Ou passa lá em casa, sei lá... Você pode confiar em mim, tá? Eu-"
Eijirou se sente bobo de estar falando tudo aquilo. Katsuki não estaria ouvindo. Nem era pela deficiência leve de audição, mas porque provavelmente já estava lá dentro de casa.

Ele deixa o bolo em cima da mureta e vai embora, torcendo, na verdade, que Katsuki ficasse bem.
Ele não ficou nada bem, em níveis dramáticos até pra eles.

Quando saiu de casa, já tinha brigado mais uma vez com seus pais a ponto de terem coisas jogadas pela casa, para encontrar um bolo do qual as formigas já tinham se apossado.
Empurrou o bolo pro chão e não olhou quando caiu, mas estrangular o choro era uma dor real em sua garganta. Ele só queria ter deixado Eijirou entrar. "Desculpa, Eijirou, eu fui um idiota" enquanto ele comia bolo com o seu melhor e único amigo.
Só que ele nunca conseguiria falar isso, certo? Nem pra si mesmo.

O que ele conseguia era fugir. Foi até a praia; Eijirou gostava de praia, ele até estava aprendendo a surfar. Foi a vários lugares antes de concluir o óbvio: que não se fugia do que estava dentro dele.
Era perto da meia-noite quando Eijirou recebe uma ligação. Ele olha todo confuso de sono pro celular, mas acorda de imediato quando vê que é de Katsuki.

"Katsuki? Tá tudo bem?"

"Seus pais estão em casa?" A voz era meio arrastada.
Eijirou desce da cama, coração acelerado.

"Não, o que foi? Você tá bem?"

Um suspiro

"Eu... eu posso dormir aqui? Pode ser até no quintal, eu só..."

Aqui. Então Katsuki estava lá! Ele desceu correndo as escadas para ir lá na frente.
O que ele encontrou foi um Katsuki com o rosto e nós dos dedos sangrando, escorado no portão da frente.

Ele tinha se metido em mais uma briga e roubado mais bebida. Não tinha nem bebido nem apanhado o suficiente pra ficar inconsciente, então só estava um pouco tonto e tudo doía.
Eijirou insistia que ele precisava ir para o médico e ia chamar seu tio, mas quando percebeu que estava prestes a fazê-lo fugir de novo, só deixou que ele entrasse.

A casa era imensa e Eijirou guiou Katsuki até a cozinha pela mão pra pegar o kit de primeiros socorros.
A verdade é que Eijirou estava tremendo, mas conseguiu manter a calma até limpar os machucados de Katsuki. Estava menos feio do que parecia de início; um corte no supercílio tinha sangrado em excesso.

"O que está acontecendo com você, Katsuki?"
Katsuki olhava pra Eijirou com o foco distorcido, brilhando com um halo da luz da cozinha como se fosse um anjo, um olho coberto por um pano com gelo.

Não conseguia responder.
"Você não bateu a cabeça, né? Eu não sei tratar isso, Katsuki, você... você tá cheirando a vinho barato, por que você tá fazendo isso?" Ele repetiu, a voz trêmula

"Foi só uma briga idiota. Não precisa ficar desse jeito."

"Você não pode mais fazer isso, você precisa se cuidar!"
"Tch." Katsuki desdenha. "Isso aqui? Porque você não viu os outros caras."

Eijirou segura Katsuki pelos ombros e olha bem nos olhos dele.

"Katsuki, você não precisa provar pra ninguém o quanto você é forte. Você é a pessoa mais forte que eu já conheci."
"E não tem nada, nada a ver com a capacidade que você tem de socar alguém bem forte. Você é minha maior inspiração, ok, você não pode-"

Quando Eijirou percebe, Katsuki o abraçou.

E ficou ali, o rosto ensanguentado contra a curva do seu pescoço, até começar a soluçar baixinho.
"Obrigado, Eijirou." É só o que ele consegue falar.

Eijirou abraçou ele de volta por um tempo que ele nem conseguia contar. Durante um bom tempo naquele abraço, inclusive, passou encarando a parede do outro lado e pensando por que seu coração estava batendo tão rápido.
Ele estava assustado, certo?

Era por isso, claro. Era por isso que ele não conseguiu dormir depois de ter colocado Katsuki no colchão ao lado de sua cama.

Ele ficou assistindo Katsuki dormir porque queria garantir que ele iria ficar bem, sim. Ele estava machucado, afinal.
Só que nada disso explicava por que aquele coração continuava acelerando perto de Katsuki mesmo depois de duas semanas desde que eles voltaram pras aulas.
Katsuki tinha voltado a andar com ele, ainda que estivesse muito calado. Não tinha mais arrumado briga, não faltou mais nenhum dia, voltou a treinar.

Um dia ele apareceu no seu treinamento de futsal e Eijirou levou uma bolada na cara enquanto estava olhando pra ele e acenando.
Quando Eijirou percebeu que Katsuki se _dobrou_ de rir dele e mesmo aquelas risadas eram lindas, talvez fosse seu momento de realização.

Caralho, ele estava mesmo apaixonado pelo seu melhor amigo.
Ainda se passaram algumas semanas antes que Eijirou realmente assumisse aquilo pra si. Quer dizer, era um homem! Talvez ele só o amasse muito, mas como amigo-

Não só ele percebeu que ficava afobado quando via Katsuki no vestiário como se tocou de várias outras ocasiões.
Explicava porque ele ficava com vergonha quando Katsuki saía do banho na sua casa.

Será que tinha sido por isso que ele ficou _daquele jeito_ quando estavam lutando, e não só pela fricção?

Estava se sentindo um otário. E em pânico. Não podia ser gay, e muito menos por Katsuki!
Ele mesmo percebeu que tinha ficado esquisito perto de Katsuki, e ele era péssimo pra disfarçar. Ficava rindo em exagero e inventava desculpas o tempo todo: para si mesmo pra ficar perto de Katsuki, e para Katsuki quando ficava insuportável e ele tinha que ir embora.
Conseguiu aprender a conviver com aquilo depois de um tempo. Não importava, certo? Um dia aquilo passaria, com certeza, ele só não podia perder seu melhor amigo.

Era só às vezes... às vezes Katsuki olhava pra ele de um jeito que fazia seu coração apertar tanto que até doía.
Às vezes era muito difícil. Não foram poucas as veze em que Eijirou chorou à noite desejando ser uma garota, só pra poder ter um final feliz com Katsuki, por mais que ele amasse ser um homem.

Mas ele não iria abrir mão de nada. Katsuki era sua inspiração.
Mal sabia ele o quanto era o mesmo pra Katsuki, e cada vez que ele achava que Eijirou estava corando quando olhava pra ele, uma esperancinha idiota insistia em aparecer em seu coração. Mas ele podia esmagar aqueles sentimentos idiotas e seguir do lado dele. Claro que podia.
Ou ele achava isso quando Eijirou começou a ficar perto demais daquela tal de Mina. Eles estavam sempre conversando, e começaram de segredinho, a ponto de mudar de assunto quando Katsuki chegava.

De repente, Eijirou não podia mais sair com ele porque ia no cinema com ela.
Katsuki atacou o saco de boxe com uma violência indescritível naquele dia.

Ele devia saber, certo? Porra, isso iria acontecer um dia. Eles estavam com quase 16 anos, já tinha colega dele transando àquela altura e ele era um virjão que só tinha olhos pra Eijirou.
A tarde não tinha sido fácil pra Eijirou, da mesma forma. Até pensou que realmente deviam ter saído para ver um filme e espairecer.

Mina era sua amiga; e, muito recentemente, confessou pra ele que era lésbica.

Ele acabou contando a ela também sobre como se sentia por Katsuki.
Juntos, eles conseguiam se sentir aceitos e normais, como LGBT que eram, e com certeza existiam coisas que só podiam falar um para o outro.

Eijirou começou a se sentir normal de verdade, e como era um alívio ter com quem falar sobre a última coisa incrível que Katsuki fez.
Mina já estava cansada de ouvir, por exemplo, Eijirou choramingar por ter arrebentado a pulseira que Katsuki fez pra ele de Natal, falar o quão bem Katsuki cozinhava, pelos lanches que levava nos treinamentos dele.
Foi quando ela começou a perceber o óbvio: que talvez aquilo não fosse assim tão unilateral como Eijirou pensava. Só que era perigoso dar esperanças assim caso ela estivesse errada. Katsuki tratava todo mundo mal, mas era especialmente rude com ela.

Um dia pareceu bem claro.
Foi quando Mina tinha ido dormir na casa de Eijirou (mentindo que estava em outro lugar) e ouviu a pedrinha na janela. Ficou assustada e depois incrédula de que alguém _realmente_ fazia isso.

A expressão de Katsuki ao vê-la de pijama ali na janela dele era inconfundível.
Eijirou abriu o sorrisão e disse que iria deixar ele entrar, mas recebeu de volta um dedo do meio e umas coisas rudes como "vou deixar vocês dois aí fodendo em paz".

O olhar de Mina para aquele assustado Eijirou era com um sorrisinho, pensando que eles eram mesmo dois idiotas.
Na escola, Eijirou e Katsuki mal conseguiam se encarar: O último porque passou a noite inteira acordado na praia alimentando a raiva daqueles dois pra evitar chorar por causa de uma paixonite; o primeiro porque tremia só de pensar que, de repente, tudo era mesmo correspondido.
Só que Eijirou não tinha ideia do que fazer com isso. Cada vez que ia tentar falar com Katsuki ficava com medo - ou do olhar de ódio dele, ou até das borboletas no estômago.

Só no outro dia (depois de se xingar de covarde no banheiro) que Eijirou vai falar com ele de súbito
Foi na saída da escola, depois de Katsuki ter passado por ele como se ele não existisse. Seguiu-o até a esquina.

"Ei, Katsuki!"

Katsuki segue andando, Eijirou segue.

"A Mina não é minha namorada, tá?"

Ele para.

"Por que eu ligaria?"
Eijirou sentiu o peito apertar.
"Uh, eu não sei, eu não queria que você pensasse- eu achei que você tinha ficado bravo. Só que ela, hm, se você gosta dela e tava com ciúme, sinto muito mas..."

Katsuki quase ruge de ódio.

"Eu não estava com ciúme dela, imbecil!"
"Então era de mim?" Eijirou diz, coçando a cabeça e rindo, como se de brincadeira.

Seu coração quase para quando Katsuki não responde. O olhar dele... parecia, de repente... dolorido.

Então Katsuki mostra o dedo e dá as costas.

"Porque se for, eu-"
Com aquela frase de Eijirou, Katsuki para, engolindo em seco.

"Eu também..." Eijirou nem ouve a própria voz, e mal consegue nem pronunciar o "gosto de você". Naquele desespero, mãos geladas, coração estourando, não percebeu que Katsuki também não ouviria, sem poder ler lábios.
Katsuki se vira.

"Que porra você tá falando?" Ele vitupera, e aquilo já é um golpe pra Eijirou.

"Eu também gosto de v-..." Olhando para Katsuki,que ainda não desfez o cenho franzido, sua coragem desaparece junto com sua voz. "Nada, esquece!"

Eijirou quase sai correndo dali.
O dia se resumiu a Eijirou se sentindo a criatura mais covarde e medrosa do universo que ainda tinha estragado tudo com seu melhor amigo

E Katsuki experimentando o que era ter seus sentimentos quase certamente correspondidos, mas naquele insuportável quase que precisava acabar.
Katsuki não ter ido pra aula no dia seguinte quase fez Eijirou chorar, e encontrá-lo na saída tinha sido o alívio mais desesperador que já experimentou.

Quando parou na frente dele, tagarelou e balbuciou coisas sobre a matéria do dia até que Katsuki pediu que viesse com ele.
Não havia nada que Eijirou falasse que fizesse Katsuki continuar a conversa, e algumas quadras abaixo, Eijirou enfim desistiu de falar. Seguiu-o em silêncio, e já não sabia mais o que esperar. Suas mãos estavam suando e ele respirava curto.
Chegaram na praia, e Katsuki desceu para as pedras, olhando pra ele pra que o seguisse, mas, ao que o fez, foram só mais eternos minutos de caminhada silenciosa em pedras grandes.

"Suki, tá tudo bem?" Ele tentou de novo.
"Depende." Enfim recebeu de resposta.
Katsuki parou.
"C-Como assim?" Eijirou gaguejou, e sentiu-se congelar quando Katsuki olhou pra ele de volta.
"Não está nada bem se eu perder meu melhor amigo. Você não sabe, Eijirou, você não tem ideia de como eu já quis arrancar essa merda do meu peito, puta que pariu-Não sai!" Ele vitupera.
"D-Do que você está falando?" Eijirou já tá tonto, assustado, Katsuki estava brigando ou confessando? Mas o olhar que recebe de volta é mesmo exausto.

"Você tá perguntando porque é idiota mesmo ou porque quer que eu finja que não falei nada?"
Era isso. Eijirou precisava ser corajoso agora, precisava ser um homem e não se esconder mais. Não poderia ficar mais claro do que aquilo, certo? O coração às marretadas no peito, mãos geladas, boca seca e todo o pacote, ele dá um passo na direção de Katsuki.
"Suki..."
"Eu também me sinto assim... Eu não vou a lugar nenhum, eu-... quero ficar com você. Sempre." Ele despeja, dando mais um passo até estarem perto demais.

Ele estica a mão para segurar a de Katsuki, mas este faz um "tch" com a língua e bate na sua mão com as costas da dele.
Eijirou ergue o olhar pra ele em pânico, pensando onde tinha errado, se tinha falado demais, imaginando em uma fração de segundo que tinha estragado tudo e abrindo a boca pra pedir desculpas.

No rosto de Katsuki, contudo, tem só aquele maldito sorriso de lado maravilhoso dele.
No momento seguinte, Eijirou é puxado pela gola da sua jaqueta de moletom e está contra Katsuki.

E, no outro, as bocas dos dois já estão uma na outra. E eles estão se beijando.
FINALMENTE FIM DA THREAD
TEM MUITAS HISTORINHAS DELES PORQUE ELES SÃO KIRIBAKU DA AU

ENTÃO SE QUISEREM CONTINUAÇÃO OU OUTRAS HISTÓRIAS AVISEM
Bônus:

No aniversário de 16 anos do Katsuki, eles fizeram bolo juntos. No de Eijirou, quem levou o bolo na porta foi o Katsuki.

Os dois namorados comeram os bolos juntos.

Hoje eles dividem os bolos de aniversário com seus grandes amigos e com seus dois filhos pequenos.♡
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